212 - Saudade.

Bianca:_ Ai Deus! - Sussurrei sem entender nada mas o abracei também. Ficamos assim alguns segundos, ele me apertava forte, soluçava.. eu já não sabia mas o que fazer, falar, pensar. - Rober? - O afastei de mim com cuidado e o olhei.

Rober:_ Ah não me tira daqui não. Tá tão bom, eu entendo por que o Luan gosta tanto do seu colinho. - Veio pra me abraçar e o encarei feio. Ele fez bico e riu em seguida.

Bianca:_ Rober não estou entendendo mas nada.

Luan:_ Nem eu uai, que história é essa do meu secretário tá agarrado na minha muié vestida só com uma blusa minha? - Ele falou enquanto descia as escadas.O olhei já me desculpando, eu nem havia me tocado. 

Rober:_ Pow Luan, tua muié ein! - Deu uma gargalhadinha.

Luan:_ Rober, você gosta do seu emprego?

Rober:_ Claro que sim. 

Luan:_ Então valoriza ele. E sua vida também. - Ri sem graça, Luan me puxou para trás dele, diz ele que estava me escondendo.

Rober:_ Que pernas, nossa Senhora. - Luan forçou uma tosse. - Ai tá. Parei! - Riu alto.

Luan:_ Eu não tô rindo boi. Bianca sobe, veste uma roupa.

Bianca:_ Amor deixa eu te explicar.. ele chegou chorando e pronto, me abraçou. 

Luan:_ Você boi, chorando? Que que aconteceu cara? - Pareceu preocupado.

Rober:_ Eu.. - Seus olhos começaram a lacrimejar. 

Luan:_ Cara? - Ergueu uma sobrancelha sem entender.

Rober:_ Eu vou ser pai? - Havia saído mas como uma pergunta do que afirmação.

Luan:_ Não acredito! - Riu. - Aprendeu com o papai aqui como se faz né? - Foi o abraçar, aquele tipico abraço de homens com tapinhas nas costas, no final ele deu um tapa na sua testa.

Bianca:_ Que felicidade Rober, parabé.. - Fui para abraça-lo quando Luan me puxou com tudo.

Luan:_ Mais nem sonhando, ele já se aproveitou muito. Veste uma roupa! - O olhei séria e acabei rindo.

Bianca:_ Tudo bem.. - Lhe dei um selinho e sorri para Rober.

Luan:_ Entra cara, senta, bora comemorar. 

Rober:_ Oh.. Luan. Tua muié é encorpada ein cara? Que isso.

Luan:_ Vou te fazer engolir esse vidro inteiro. - Olhei do topo da escada e ele preparava um drink para eles. Como era bobo ciumento, quer dizer.. mais ainda não é? Tomei um banho bem demorado, lavei os cabelos, fiz massagem, tudo que tinha direito. No final vesti um short de seda preto curto e uma blusinha do mesmo modo, coloquei um roupão e desci. - Ela já teve desejo foi?

Rober:_ Pois é né, logo no segundo mês.

Luan:_ Relaxa cara, só tá começando. - Riu e me viu descendo. - Oh amor cê tá aqui. - Sorriu. - E de roupão. - Sorriu mais ainda.

Bianca:_ Anham, só vim dar boa noite pra vocês e parabéns pro Rober! - Sorri e abracei ele. - Parabéns papai, que venha com muita saúde.

Rober:_ Obrigado Bianca, e que você me ajude nessas paradas de controlar os hormônios dela por que cara..

Luan:_ Ih, aí é que tá, não tem parada, é aguentar e caladinho ainda mais. Ai de você se der um piu. - Encarei ele fingindo estar brava. - Oh amor! 

Bianca:_ Brincadeira. - Ri. - Mas ele disse tudo. - Apontei pra Rafa. - Vou dormir gente, boa noite!

Luan:_ Já?
Bianca:_ É amor.. já. - Bocejei. - Me acorda amanhã antes de ir certo? - Ele concordou e me puxou para um selinho longo e demorado. - Te amo.

Luan:_ Eu também te amo. - Beijou minhas duas mãos e sorriu. - Boa noite. - Sorri concordando.

Bianca:_ Boa noite Rober! - Fui subindo.

Luan:_ Nem ouse falar dela.

Rober:_ Luan você sempre falava que o que é bonito tem que ser comentado. - Rafa abriu um sorriso.

Luan:_ É. - Sorriu e sua ficha caiu. - Não, mas dela não pode! - Se fez de bravo e ri. Meu Deus como era ciumento! Mal deitei na cama, me cobri e já fui dormindo, estava cansada demais, demais mesmo. Horas depois escultei a porta sendo aberta, tentei me virar mas o sono era maior, ouvi passos para a direção do banheiro e logo voltado para o lado da cama, senti seu cheiro, que vontade de ver ele ali, mas o sono era muito maior, eu não conseguia nem abrir os olhos. - Ê muié, como cê gosta de me judiar. - Deslizou a mão sobre minha coxa em seguida me cobriu. - Melhor assim! - Beijou minha testa. - Te amo amor. - E se deitou ao meu lado passando as mãos entre minha cintura e cheirando meu pescoço. Acordei no outro dia sentindo um beijo em minha nuca e alguns pingos de algo sobre minha testa. Abri os olhos devagar, por conta da claridade doeu e os fechei mais uma vez.  - Não precisa acordar, shiu, dorme.. tá cedo ainda.

Bianca:_ Mas. - Os abri mais uma vez e dessa vez consegui. Ele sorriu, ah covinhas! - Só um minuto. - Corri até o banheiro, escovei os dentes, lavei o rosto e voltei amarrando os cabelos. Ele estava em pé olhando a vista da sacada, vestia uma calça sarruel preta, blusa branca, por cima um casaco preto e calçava um tênis branco, seus cabelos impecavelmente arrumados e seu cheiro me embriagando. Assim que notou minha presença deu aquele sorriso tímido e ao mesmo tempo doloroso. Ah não, estava na hora dele ir. Apesar de todos os anos tendo a despedida de um até breve, aquilo me maltratava tanto, era difícil. Ele já entendendo me abraçou forte e beijou minha cabeça.

Luan:_ É três dias. Vai passar rápido, você vai ver. - Ele falava tentando me convencer e convencer ele mesmo. - Vai ser no Norte por isso não vou ter como voltar.. é longe. - Ele já tentava desconversar. 

Bianca:_ Três? - Sussurrei.

Luan:_ É. Acabei de me despedir da Manu, coisa mais linda dormindo. - Seus olhos ficaram marejados. Ouvimos uma buzina. - Tá na hora.

Bianca:_ Vai passar rápido. Você vai ver. - Repeti o que ele havia falado antes, ele sorriu concordando e colocando uma de suas mãos na base da minha nuca e me puxando para um beijo, longo, cuidadoso, delicado, de despedida. -  Te amo! - Sussurrei enquanto o abraçava.

Luan:_ Te amo! - Beijou minha testa e aos poucos foi se afastando de mim. Por que aquilo machucava tanto? Por que eu não me acostumava com aquilo? Era perguntas que eu não conseguia responder, até por que não sabia a resposta. Respirei fundo e entrei no banheiro, tomei um banho morno e rápido, me vesti:

 Assim que terminei de pentear os cabelos ouvi a voz da Manu falando embaralhado, corri até lá.

Manu:_ Papa! - Ela o chamava.

Bianca:_ Oi minha princesa! - Abri a porta e quando ela me viu sorriu. - Dormiu bem? - Me aproximei dela á avaliando. As bolhinhas que antes eram marquinhas vermelhas começavam a crescer. - Vamos tomar banho e tomar seu café com a mamãe? - Bateu palminhas animada. Olhei a hora e como ela havia dormido muito não iria dormir antes do almoço. Enquanto a banheira enchia ela brincava dentro do berço, separei sua roupa e a peguei. Deixei ela brincando vários minutos dentro da banheira, aliviava aqueles sintomas. Quando ela começou a ficar com frio á tirei, enxuguei ela cuidadosamente, passei bastante talco e pomada, já que lavanda nem pensar por que iria arder.

Á vesti com uma roupa de malha fria e no lugar da fralda descartável coloquei uma de pano, a descartável esquentava demais e só iria piorar.Desci com ela e Arlete já foi a pegando toda animada, enquanto ela dava o café á ela por insistência, eu tomava o meu.

Manu:_ Papa! - Ela olhou em volta da mesa.Arlete me olhou.

Bianca:_ O papai foi trabalhar princesa.

Manu:_ Papa. - Agora me olhou. 

Bianca:_ Ele não vai demorar..

Manu:_ Papa mama. - Soltei o garfo que comia salada de frusta de boca aberta.

Bianca:_ Mama? - Olhei para a Arlete. - Eu ouvi direito?

Arlete:_ Ouviu sim, aprendeu! - Comemorou batendo palmas sorrindo, meus olhos se encheram de lágrimas.

Bianca:_ Coisa mais linda meu amor! 

Manu:_ Papa. - E começou a chorar. Não tive nem tempo de comemorar poxa. Á tirei da cadeirinha e peguei ela no braço.

Bianca:_ Ele não vai demorar.. prometo. - Beijei sua testa, ela soluçava já. - Quer tomar água? - Arlete me passou, ela tomou um pouquinho. - Vamos terminar de comer? - Tentei dar pra ela, mas negou. - Já sei, vamos se balançar lá fora de na rede de baixo do chapéu de palha perto da piscina, pegando aquele ventinho gostoso e a mamãe cantando pra você. 

Arlete:_ Posso começar a fazer o almoço já? - Concordei.

Bianca:_ Pode sim, o que quiser. Confio em você! - Pisquei saindo.Fiz o que havia falado e ficamos em torno de duas horas nos balançando e brincando dentro da rede, mas ela havia começado de novo chamando pelo pai dela, era muito apegado á ele, era muito apegado á nós. E agora que havia aprendido a chama-lo e ainda estava doentinha, havia piorado tudo. - Ai filha, eu não sei mais o que fazer. - Meus olhos já estavam cheio de lágrimas. Ver sua filha, uma parte sua ali chorando e você não saber o que fazer era horrível. 

-

Consegui postar, aê! 5 dias sem postar, meu Deus já não tem como adiar mesmo, tenho que formar o computador pra já, mas isso só vai acontecer quando eu chegar de viagem que será no final do mês, por que estou em uma correria enorme por conta do show que será dia 14 porém vou viajar dia 12 pra lá.

Oh, se eu bem conheço, vocês iam gostar que eu encerrasse a fanfic antes da viagem pra não ficarem aguardando esse tempo de 15/20 dias que é quando eu retorno pra casa pra poder postar certo? Porém esses 5 dias sem postar atrasou tudo, então eu peço calma, paciência e entendimento para que as coisas possam fluir. Por mim eu não encerraria a fanfic agora e com esse atraso não vai dar mesmo amores. O jeito é aguardar eu voltar não é? Me desculpem por isso. E é isso aí, amanhã tem mais, beijão!