quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Capitulo 5 parte 101


Juliana:- como assim é agora? - Perguntei mas uma vez para ter a certeza do que desconfiava, para começar a pensar no que fazer.
Joana:- vai nascer, o Vitor vai nascer! - Ela mordeu os lábios com tanta força, que vi a marca do sangue nele.Talvez por não querer me assustar, me deixar nevosa, ou algo assim. -
Juliana:- vamos pro hospital! - Foi a única coisa que consegui pensar, falar e fazer.Peguei na sua mão e a ajudei até o carro, ela mordia os lábios, apertava minha mão, respirava fundo.Tentava se controlar o máximo. - Tá legal, tá tudo certo, fica calma, eu vou pegar a bolsa do bebê, e agente vai pro hospital, no caminho ligo pro papai! - Falei enquanto a colocava sentada no carro do banco de trás.
Joana:- isso, isso, vai lá! - Respirou fundo, entrei na casa e subi a escada com presa, porém, com cuidado, não seria bom se outros dois resolvessem nascer naquela hora, e ainda mas antes da hora.Entrei no quarto com papel de parede azul, com móveis brancos, peguei a bolsa já pronta dentro do berço, desci, tranquei a porta, entrei no carro, agora, sua respiração mas forte, e sua testa suada.A olhei assustada. - Tá tudo bem querida, é normal.Ai! Vamos! - Dei a partida no carro, peguei meu IPhone, disquei o número do meu pai.
Juliana:- desligado! droga, droga!
Joana:- ele tá em reunião, ele desliga.
Juliana:- já sei, vou ligar pro Luan! - Disquei e coloquei no viva-voz, chamava, chamava, chamava, chamava e ele não atendia.Olhei para Joana. - Calma, eu tô aqui tá? - O sinal fechou, liguei novamente para Luan e nada.
Joana:- Ai, que dor! - Mordi os lábios imaginando quando seria minha vez, e o pior, seria o dobro. Sai do transe com uma buzina, o sinal havia aberto.Joana estava até calma, por ser a segunda vez, talvez, e sabia que ela não queria me deixar nevosa, porém o semblante de dor não saia do rosto.Liguei para Luan novamente e nada, só então lembrei de ligar para a casa dele, Bruna, Marizete, Amarildo, qualquer um, porém, já estava frente ao hospital.Desliguei o carro, abri a porta, acenei para a primeira pessoa que entrava na clinica, um homem vestido de branco. -
Juliana:- pronto, vai dá tudo certo tá? - O homem chegou com uma cadeira de rodas e ao lado outro homem. - Ela tá em trabalho de parto há uns dez minutos, cadê meu pai? - Eles me olharam assustados. - Que cabeça a minha meu Deus! como saberiam?! é o drº Pedro! cadê ele?
Enfermeiro mas novo:- ele tá em uma reunião, daqui uns dez minutos sai. - Falou ajudando o outro enfermeiro a por Joana na cadeira. -
Joana:- Juliana, eu quero que você, ai! eu quero que você encontre-e, encontre seu pai, eu quero ele aqui, comigo, aaaaaai! - Ela apertou minha mão firme, e os enfermeiros entraram com ela.Ia entrando quando lembrei da porta aberta, fechei, travei e entrei.Fui até o balcão e uma enfermeira me olhou. -
Enfermeira:- pois não, ah é você Ju! tem consulta hoje?
Juliana:- não, não, hoje não sou eu, é minha madrasta, ela tá em trabalho de parto, ela quer que meu pai faça, aonde posso encontrar ele?
Enfermeira:- ela já foi atendida? - concordei. - Ele tá em uma reunião, daqui a. - Olhou o relógio no pulso. -
Juliana:- dez minutos eu sei, eu sei..
Enfermeira:- não posso te ajudar Ju, é uma reunião importante.Outro drº fará o parto, fique tranquila, todos são ótimos.
Juliana:- você não entende? é meu pai, ela quer meu pai! - Olhei para ela, que olhou como quem se desculpava. -
Joana:- não posso ajudar, de verdade.Posso perder meu emprego por isso! - Não a olhei, entrei no primeiro corredor que vi, sai abrindo de porta em porta, pediatria, consultas, exames, sala de parto, quartos, e emfim uma porta com nome "Administração." Arrisquei, a empurrei com tudo, outro corredor enorme, sai abrindo todas as portas.
Enfermeira:- ei mocinha, você não pode.. - Não dei ouvidos, continuei fazendo o que devia, na última sala, uma mesa redonda, com entorno de15 médicos me olharam, entre eles meu pai.Ele se levantou e veio até mim.
Pedro:- o que foi querida? tá tudo bem?
Juliana:- pai..a.. - Respirei fundo. - A Joana..
Pedro:- o que que tem a Joana? - Seu olhar de preocupação se transcrevia-se.Concordei.- Vai nascer? - Abriu um sorriso pelo qual não via a muito tempo. - Agora? aonde ela tá?
Juliana:- eu não sei pai, eu trouxe ela, dois enfermeiros pegaram ela, não sei.
Pedro:- gente, desculpa, a reunião fica pra próxima, porque agora, MEU FILHO VAI NASCER! - Ergueu o braço com uma rapidez enorme, em seguida todos bateram palma em seguida de um "aê!" - Vem comigo Ju! - Entrelaçamos nossas mãos. - Você fez muito bem,  muito bem, se quiser, vá pra minha sala tá? obrigado! Te dou noticias logo! - Beijou minha testa e saiu correndo no meio do corredor, entrou em uma sala que não vi.Sai do transe com meu celular vibrando no bolso, olhei no visor, era Luan.
Juliana:- oi Lu!
Luan:- amor? desculpa, tinha saido, deixei o celular no carro, e agora vi que tinha chamada perdida sua.
Juliana:- ah, era pra pedir sua ajuda.
Luan:- minha ajuda? como assim amor? tá tudo bem?
Juliana:- agora tá amor.
Luan:- agora? amor, cê passou mal? - Começou a ficar nevoso, o conhecia muito bem, sua voz transcrevia aquilo. -
Juliana:- não amor, não..a Joana, ela vai ter bebê.
Luan:- ah, a Joana vai ter..HAM? - Escutei o freio do carro forte. - COMO ASSIM? A JOANA VAI TER BEBÊ? AONDE CÊS TÃO? TÔ INDO, CALMA, RESPIRA TÁ? TÔ CHEGANDO!
Juliana:- Lu! - Ri baixinho. - Tá tudo bem agora, fica calmo pelo amor de Deus.
Luan:- aonde cê tá? tô indo pra i!
Juliana:- tô no hospital, já tá tudo certo, hora dessa ela deve tá na sala de parto já. - Olhei ao lado para ver se estava movimentado. - Amor, acho melhor não arriscar..tem muita gente até. - Coloquei o óculos para não me reconhecerem.
Luan:- ai amor! mas e você?
Juliana:- amor, quem tá em trabalho de parto é a Joana, não eu. - Ele deu uma gargalhada. -
Luan:- mas daqui a dois meses é você! - Pude ouvir um sorriso se formando em seu rosto. -
Juliana:- nem me fala, ai amor, eu tô com medo já, sério!
Luan:- ei! fica calma, não pensa nisso agora não tá?  - Ia responder quando ouvi um grito sufocante, sim, era ela. -
Juliana:- ai meu Deus Luan! ela tá gritando.
Luan:- amor, calma tá? por favor! cê tá aonde?
Juliana:- no corredor do hospital.Ai Luan, ela tá gritando!
Luan:- olha só..fica calma, vai pra sala do seu pai, senta, toma uma água, e qualquer coisa me liga.
Juliana:- Luan ela tá gritando muito. - Minha voz começou a falhar, eu estava com medo não por ela, mas quando seria minha vez, saber que a dor seria o dobro me deixava agoniada. -
Luan:- eu tô ai..tô do seu lado, tô te abraçando, tá tudo bem tá? calma por favor amor! - Sua voz tentava me passar tranquilidade, mas ele também estava nevoso, eu sabia, reconheci pela sua voz. - Olha, tenho que desligar, tô no trânsito, e tá movimentado.
Juliana:- tá bom amor..beijo!
Luan:- te amo! - Soltou beijo e desligou, entrei na sala do meu pai, me sentei na sua poltrona, olhei para os porta-retratos na mesa, um deles estava eu e minha mãe, a última que tinham-os tirado juntas, ela me abraçava de lado enquanto eu sorria.A queria tanto ali, do meu lado.
Juliana:- porque você se foi em mãezinha? - Passei a mão no rosto dela, em seguida abracei o porta-retratos.Em seguida coloquei de volta na mesa, não sei por quantos minutos fiquei olhando aquele sorriso dela.Sai do transe com a porta sendo aberta, olhei, era Luan, vestia uma calça jeans preta, blusa branca, allstar e boné vermelho, segurava nas mãos uma sacola de papel presente, verde cana.Vi Wellington atrás da porta, a fechando.Enxuguei as lágrimas, sorri de ladinho, ele me olhou com um ar de "tô aqui, tá tudo bem."Me levantei e o abracei bem forte, ele correspondeu, e não me enganei com seu olhar, as palavras foram semelhantes.
Luan:- tô aqui amor, tô bem aqui.. - Beijou minha testa e eu seu pescoço. - Tá tudo bem?
Juliana:- tá amor, tá sim..mas e você ein? - Me afastei cruzando os braços. - Porque não me avisou que viria?
Luan:- acha mesmo que eu te deixaria aqui sózinha com medo? - Sorri e ele também. - Cadê? já tem noticias?
Juliana:- nenhuma amor! - Fiz bico. -
Luan:- então vambora atrás né? - Concordei, ele abriu a porta, Wellington estava em pé na frente dela. -
Juliana:- oi Welli! - Sorri de ladinho. -
Wellington:- fala Ju, e os bebês?
Juliana:- bem, graças a Deus! - Luan sorriu e passou a mão na minha barriga. -
Luan:- olá amor! - Apontou, era meu pai, sorria feito uma criança boba. - Fala sogrão!
Pedro:- e ai Luan, beleza?
Luan:- opa, graças a Deus! - Apertaram as mãos, em seguida apertou a do Wellington. -
Juliana:- e a Joana pai? - Mordi os lábios. -
Pedro:- deu tudo certo, graças a Deus! - Sorriu. - Ele é lindo, tem seus olhinhos.
Luan:- ah, então não tenho dúvidas que é mesmo!
Pedro:- vamos lá ver ela? - Concordamos, saim-os do corredor e entramos em outro, entramos na terceira porta, Wellington ficou do lado de fora.O quarto era pequeno, porém bem arrumado, a maca era mas uma "cama" em cima uma janela de vidro coberta por uma cortina beje, uma poltrona ao lado da cama do mesmo tom da cortina, uma tv na parede, uma porta fechada, com certeza o banheiro, e um berçinho de canto.
Juliana:- olha quem chegou! - Apertei sua mão firme, e a beijei.Estava deitada, coberta até o quadril, com soro no braço.Ela parecia cansada, porém o sorriso não saia do rosto.
Joana:- olha só.. - sua voz saiu roca. - Minha heróina. - Sorri de lado negando assim como Luan e meu pai. -
Luan:- olha o que eu trouxe pro Vitor Joana! - E entregou a sacola. -
Joana:- ôh Luan! não precisava!
Luan:- que isso, fiz questão e óh, pode falar, tenho um bom gosto né? - Sorriu todo bobo, enquanto ela abria.Tirou de dentro um macacão branco com detalhes azul marinho, era lindo.
Joana:- que lindo, obrigado, de verdade!
Pedro:- né que tem bom gosto né? - Sorriu. - Obrigado viu?
Luan:- que isso..
Juliana:- agente pode ver o Vitor?
Pedro:- claro filha, vai lá.. - apontou pro bercinho enquanto verificava o soro da Joana.Eu e Luan nos aproximamos.Ele dormia de ladinho, enrolado em uma manta branca com fitas amarelas, era branquinho, cabelos lisinhos escuros, a mãozinha passava aflita no rosto.
Juliana:- ah amor! olha que lindo..
Luan:- ei garotão.. - Ele passou a mão bem de leve na sua bochecha. - Tio Luan tava doido pra te ver sabia? - Ri de ladinho. -
Juliana:- ele é lindo!
Luan:- parece com você amor, olha o olhinho.. - Ele olhava todo bobo, sem dúvidas alguma, Luan seria o pai mas babão do mundo.Um chorinho baixo enfezado surgiu.
Juliana:- posso pegar ele Joana?
Joana:- claro que sim Ju! - O peguei com cuidado, balançando ele de leve de um lado para o outro. - Óh, gostou da irmã!
Luan:- e tem como não gostar? - Olhei para Luan que sorria, seus olhos estavam marejados. - Cê é a mãe mas linda do mundo.
Juliana:- ôh amor! - Dei um selinho nele, em seguida olhei para Vitor. - Você é lindo sabia? maninho!
Pedro:- parece com você né filha? - Ele entrou com uma bandeja de comida, em seguida entregou para Joana e sentou-se ao lado dela. -
Juliana:- tira uma foto amor.. - Ele pegou o IPhone do bolço, sorri encostando minha cabeça de leve na do bebê, e Luan tirou. -
Luan:- ah amor, deixa eu pegar também? - Ele abriu os braços sorrindo. - Eu tomo cuidado!
Juliana:- tá bom, vai treinando vai.. - O entreguei com cuidado, no começo ele ficou desajeitado nos seus braços, mas depois ficou direitinho.Luan sorria todo bobo e falava coisas do tipo "cê vai ser parceiro do Breno." Andando de um lado para o outro do quarto, não segurei as lágrimas imaginando quando seria nossos filhos.Tirei duas fotos, uma ele olhava, outra ele beijava o rosto dele. - Já tô começando a ficar com ciúmes!
Joana:- seu irmãozinho gostou do Luan viu?
Juliana:- tô vendo isso mesmo, que bom né. - Sorri olhando a hora. - Amor, tá quase anoitecendo, bora né?
Luan:- bora amor! - Ele ia colocar no berço. -
Joana:- não Luan, pode me dá, quero paparicar um pouquinho! - Ele a entregou com todo cuidado, em seguida me abraçou de lado.
Juliana:- bom, então, nos vemos amanhã em casa né? amanhã vou visitar vocês e levar meu presente.
Joana:- presente? o melhor você já me deu, me ajudou a trazer meu filho ao mundo, obrigado, de verdade!
Juliana:- que isso! - Beijei seu rosto, em seguida do Vitor que dormia profundamente.
Luan:- tchau Joana, tchau Vitor! - Ele soltou dois beijos e me puxou para a porta. - Manda abraço pro sogrão! - Não teria como me despedir do meu pai, ele havia saido para consultar um paciente.
Joana:- pode deixar! - Abri a porta, dei de cara com Wellington com uma cara não muito boa na porta.
Luan:- o que foi cirilo?
Wellington:- sua fãs Luan, suas fãs!
Luan:- o que que tem elas cara? - Se assustou. -
Wellington:- tem muitas lá fora, não dou conta só!
Luan:- e o que agente faz? - Na mesma hora o inicio do corredor foi tomado por uma gritaria, em torno de trinta fãs eufóricas corriam em nossa direção. - EITA PORRA, FOI PRO PAU!
-
Comentem! :*

9 comentários:

  1. foi pro pau mermo hein
    mais

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  2. Luan babando no Vitor.
    Eles tem que voltar pra dentro do quarto pra se esconderem, e o Well também se não vão desconfiar.

    Yana

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  3. q bom q ficou td bem com a Joana... :')
    mas eles vão ter q se esconder...senão...
    posta mais, nega! beeijos, beeiojos, Sofia! :*

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  4. Posta maais!!
    Beijos, Milena :*

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  5. maisss...mais,ai ai será que elas vao ver o Luan?

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  6. mais negah to curiosaaaa

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  7. mais sempre mais

    curioooooooooooooossaaaaaa

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