Capitulo 5 parte 94

Juliana:- ai meu Deus! como assim amor? - Levei minha mão até seu rosto, estava gelado. - O que tá sentindo?
Bruna:- maaaaaaaaaaaaãe! - Tirei meu cinto com uma rapidez enorme, olhei para trás, os sogros dormiam. - Juliana:- Não Bru, deixa, eles tão dormindo. - Não queria incomoda-los, já haviam passado a madrugada em claro.Me virei, olhando Luan. - Anda amor, me fala, oque tá sentindo? - O olhei, ele me olhava assustado. - Anda Luan!
Luan:- tô tonto amor, tô com frio. - Ele se encolheu, peguei meu sobretudo preto que estava sobre a poltrona e joguei por cima dele, Bruna também me entregou o dela, rosa pink.Ele gemeu baixinho. Abri a bolsa depressa, revirei, e encontrei os comprimidos, lembrei dele falar que demorava a fazer efeito, olhei para a injeção.Odiava ver Luan sofrendo, odiava o ver naquela situação.Tirei a injeção.Bruna arregalou os olhos.
Bruna:- você..você..tem certeza? - Luan me olhou, e fez o mesmo que ela. -
Luan:- tá doida? amor, cara..cê nunca aplicou isso em alguém!
Juliana:- quem disse? - Falei sugando o remédio da amapola e ao mesmo tempo criando coragem, na verdade, eu nunca havia aplicado em ninguém mesmo, mas era preciso.Tentei não demostrar desespero, para não o deixar mas nevoso ainda.Ele tinha muito medo.
Bruna:- ai meu Deus, Ju..olha só, eu, cunhada, eu chamo a mãe e o pai.
Juliana:- não precisa, vai dá tudo certo. - Sorri de leve e afirmei, me virei olhando Luan, que tinha os olhos marejados. -
Luan:- Senhor, porque me abandonastes? - Ele olhou pra cima e em seguida tossiu fortemente. -
Juliana:- não dá mas pra esperar, você tá piorando, anda Luan! - Ele olhou pra mim, para Bruna, para o braço dele acomodado debaixo dos sobretudos, o levantou, e virou o rosto para não ver.Olhei para Bruna, ela afirmou, pedi a Deus sabedoria naquele momento, e ele não falhou.Assim que trisquei a agulha na pele branca e delicada do Luan, ele gemeu baixinho.Segurei as lágrimas.Quando retirei do seu braço, ele gemeu baixinho novamente e riu de leve.Me olhou, dessa vez já mas aliviado, sorriu como se estivesse agradecendo por aquilo e eu fiz o mesmo.Peguei uma sacola e coloquei a injeção dentro juntamente com a ampola e entreguei para Bruna segurar, peguei um algodão e um bandeide azul bebê, limpei aonde havia aplicado a injeção com cuidado e coloquei o bandeide.Ele me olhava atento, parecia sonolento agora. - Tá melhor? - Ele concordou. -
Luan:- seu pai..te ensinou? - neguei e ri. -
Juliana:- nunca havia feito isso na vida! - Ele arregalou os olhos com as sobrancelhas unidas e riu comigo. -
Luan:- eu nunca pensei que ia ser médicado pela minha muié que nunca..nunca aplicou nada em alguém.
Juliana:- mas deu certo né? - Me virei colocando o algodão na sacola que Bruna segurava.Me virei novamente.
Luan:- brigado tá? - me aproximei e lhe dei um selinho, aos poucos ele foi fechando os olhos, dormiu.Respirei aliviada.
Bruna:- você é louca cunhada! - Em seguida riu. -
Juliana:- sou louca, louca por esse homem! - Passei a mão na nuca dele. -
Bruna:- obrigado por cuidar do meu irmão! - Sorri. -
Juliana:- não tem oque agradecer!
Bruna:- é, nove horas ainda nos separam do Brasil.
Juliana:- nem me fala, vou aproveitar pra dormir, essa madrugada..nossa! - Abri a boca com sono.Ela pegou uma revista entre várias da sua bolsa e abriu. - Qualquer coisa me acorda?
Bruna:- pode deixar! - Riu e piscou, dei um beijo na testa do Luan, e me acomodei melhor.Não vi quando dormi, meus olhos pesavam demais, sono, cansaço se misturavam.Acordei com alguém me dando vários beijinhos no rosto.Abri os olhos atenta, era Luan, sorria feito uma criança, aparentemente bem, olhei para todos os lados e restavam poucas pessoas, Bruna acabará de sumir da porta do avião.Olhei para a janela e estava anoitecendo.
Luan:- psiu, chegamos amor, planeta terra, mundo, Brasil, Londrina, casa. - Ri de ladinho. -
Juliana:- tá melhor?
Luan:- tô ótimo, acho que era saudade disso tudo! - Ele se levantou se despreguiçando, agora ele vestia a mesma calça, mesmo tênis, blusa polo branca e uma capa branca amarrada na cintura. - Apesar da mamusca e do pai faltar matar nós, porque não acordamos ele, quando passei mal! - Ele fez careta e riu.Me levantei e os bebês chutaram, levei minha mão até eles. - Tavam com saudade de casa também né morzinhos? - Passou a mão na minha barriga e me deu um selinho, bora, bora! - Entrelaçamos nossas mãos e desembarcamos, na pista ele tirou o IPhone do bolço e começou a tuitar, não vi oque, acho que avisando que havia chegado.
Juliana:- amor, olha! - Apontei com o queixo, duas meninas na grade, faltando pular para chamar nossa atenção. -
Luan:- nossa cara, como elas já chegaram aqui?
Juliana:- ah amor, vai ver elas já estavam aqui né? - Ele riu de ladinho. -
Luan:- bora lá? - Afirmei e ele piscou.Assim que chegamos na grade, elas começaram a chorar. - Oi minhas negas! - E abriu um sorrisão. -
***:- ai meu Deus, eu não acredito! Luan! Ju!
***:- Luan eu te amo! cê é minha vida!
Luan:- on lindonas, não choram não vai, eu não gosto cara. - Ele passou a mão na toca de leve preocupado.Realmente ele se desesperavam ao verem eles chorando.Elas enxugaram as lágrimas que teimavam em ser renovadas e abriram um sorriso lindo. - Isso aê! mas como cês tão?
***:- ah Luan, melhor não tem como ficar né?
***:- nossa Ju! como sua barriga tá grandona, deixa agente pegar?
Juliana:- claro, olha só! - Me aproximei da grade, em uma agilidade rápida, elas passaram as mãos nas grades e fizeram carinho. - Ôh chutaram!
Luan:- e ai, a galera gostou de saber que vem a Nic e o Breno? - Ele sorriu todo orgulhoso. -
***:- mas é claro, tá todo mundo animado!
***:- bom trabalho Luan! bom trabalho! - Ele sorriu todo timido, dessa vez. -
Luan:- sabe como é né? - E piscou. - Bom, bora pra foto? a Ju tem que descansar, nós no caso né? tamo morto! - Uma delas entregou uma câmera a ele.Peguei, ele se juntou mas a grade, seguraram as mãos dele e tirei.
***:- vem também Ju! Tira de cima Lu! - Com certa dificuldade ele tirou. -
Luan:- bom meninas, agente tem que ir tá? obrigado pelo carinho e é nós! - Ele soltou beijo. -
Juliana:- até meninas!
***:- agente te viveeeeeeeeee Luan!
Luan:- óh, eu vivo vocês! - Saiu fazendo coração, seguimos para a sala de desembarque. - Que loucura cara!
Juliana:- tadinhas, tavam chorando tanto.
Luan:- meu coração corta quando ver elas chorando mô, sério! - Ele fez biquinho, entramos na sala, não vimos nem os sogros e nem a cunhada lá. - Nossa, cadê? - Olhei pelo vidro, e eles estavam do lado de fora, já do lado de Welligton e mas três seguranças que não conhecia, com certeza do aeroporto. -
Juliana:- lá amor! - Apontei, ele sorriu para eles, nossas malas, todas elas, já estavam com eles, depois de cinco minutos desembarcamos de vez, Luan me abraçou de lado e assim que saim-os da sala, uma multidão partiu pra cima.Os seguranças foram rápidos, porém uma das pessoas foi mas, senti um empurrão, um dor terrivel na minha costela, que foi inevitável não gritar. - AAAAAAAAAAA!
-
E ai? muahahaha! :x comentem.